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Diretor: Paulo Menano

Resort de Montanha Reabre hoje, na Lapa dos Dinheiros, em Seia


No topo de um cabeço alcandorado sobre o rio Alva e a ribeira da Caniça, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela e a uma altitude de 700 metros, encontra-se a Aldeia de Montanha da Lapa os Dinheiros, terra natal de Nuno Bravo, um dos proprietários do complexo de turismo rural e de Natureza – Casas da Lapa.

Este empreendimento turístico reabre portas a 10 de junho, depois das obras de ampliação e do interregno forçado de 2 meses e meio devido às medidas restritivas resultantes do surto epidémico pela Covid-19.

A sensivelmente sete quilómetros de distância de Seia, situado a noroeste do parque natural da Serra da Estrela, as Casas da Lapa são agora um verdadeiro resort de Montanha com novas valências. Possui 15 quartos (8 são suítes), spa com aromaterapia, 3 piscinas (uma interior e duas exteriores panorâmicas), biblioteca e restaurante dedicado à gastronomia regional.

Este “hotel de charme”, localizado em plena Aldeia de Montanha, uma das mais declivosas da Serra da Estrela, promete assim um ‘desconfinamento’ seguro, responsável e exclusivo.

SERVIÇOS

De entre as grandes novidades está a integração de uma cascata natural no espaço de relaxamento único em plena fruição com a Natureza circundante. Das duas piscinas panorâmicas exteriores é possível ouvir a água das levadas que cai em abundância.

O Spa tem como tema a aromaterapia personalizada, no qual se tenta encontrar a mistura de óleos essenciais resgatados da Natureza e adaptados às necessidades e características de cada visitante.

A Biblioteca das Casas da Lapa é uma das grandes surpresas reservadas neste alargamento do espaço. Promete ser uma experiência de leitura e recolhimento criativo únicos, muito em parte devido à reinterpretação das antigas buracas existentes na aldeia. Uma espécie de grutas escavadas na rocha das casas que usualmente estavam encostadas ao barreiro e serviam para salgar as carnes ou guardar utensílios.

No Restaurante serão servidos essencialmente pratos típicos da gastronomia serrana, alguns dos quais com reinterpretações da cozinha regional portuguesa.

HISTÓRIA E ARQUITETURA

Esta unidade de turismo rural e de Natureza começou a funcionar em 2005.

Tratou-se de um projeto arquitetónico em espaço rural com recuperação de uma casa de aldeia datada de 1832. Em 2020, ocorre um salto qualitativo com a ampliação do espaço, tendo em conta o traço arquitetónico da nova estrutura edificada, preservando os materiais tradicionais da região como o granito e madeira, característico das casas serranas.

As Casas da Lapa são uma unidade hoteleira única. Resultam da recuperação de 6 casas, algumas das quais em ruína. As casas com suficiente qualidade arquitetónica foram reconstruídas. Na parte nova que agora inauguramos, a arquitetura tentou reinterpretar aquilo que já existe que são as casas altas, brancas. Tentamos assim ganhar espaço em altura, sem desvirtuar nem causar ruído na paisagem natural da própria aldeia”, clarifica Maria Manuel, proprietária das Casas da Lapa.

No novo projeto de ampliação, assinado pelo arquiteto Jorge Teixeira Dias, existiu uma preocupação acrescida na reinterpretação do espaço com uso da madeira e granito, aberturas amplas nos quartos e terraços com vista desafogada para a encosta da Serra e da vertente exposta a norte, onde é possível vislumbrar o bosque de castanheiros densos e pinhais envolventes (ancestrais fontes de castanha e madeira dos habitantes da aldeia da Lapa dos Dinheiros).

O traço arquitetónico é de linha depurada. O design de interiores privilegia o que é típico da região. “Nos revestimentos têxteis, mantas, cortinas, sofás, cadeirões  incluímos um produto endógeno da Serra, o burel, nas carpetes usamos a lã da serra da Estrela. O mobiliário tem referências ao antigo mobiliário português dos anos 50 e ao mobiliário nórdico, dinamarquês”, explica Maria Manuel.

O alojamento no resort de Montanha das Casas da Lapa disponibiliza mediante marcação prévia, a possibilidade de visitas guiadas para famílias e grupos restritos. Estas saídas de campo, orientadas e interpretadas permitem a descoberta da serra pela Rede de Caminhos de Montanha, sempre em contacto com a autenticidade das Aldeias de Montanha e a imponência da Estrela.

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