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O regresso à normalidade possível – Luís Brás


Após o término do estado de emergência, a nossa vida e o futebol, confrontar-se-ão com um enorme desafio: a procura de normalidade num cenário absolutamente instável e inseguro onde, tudo e cada coisa, terão tudo menos a normalidade a que estávamos habituados.
Estes desafios vão exigir paciência, bom senso, prudência e enorme cuidado. Não podemos esperar que as coisas sejam aquilo que eram antes da pandemia.
Perdoem-me por assim dizer, mas esta situação de crise também nos trouxe algo de positivo. Nós, portugueses, conseguimos abdicar um pouco de nós em prol da comunidade e adaptar-nos às circunstâncias, contornando dificuldades, ultrapassando obstáculos e vencendo pequenas batalhas, dia após dia.
Estamos longe de vencer a guerra, mas demos passos firmes, seguros e em conjunto, na direção certa.
Percebemos que temos capacidade instalada e, também nós, podemos produzir tão eficaz e eficientemente como outros países. No futebol atuámos com rapidez e diligência, atuando e salvaguardando pessoas e instituições da melhor maneira que, nesse momento, tínhamos capacidade de fazer.
No futebol, e na arbitragem, conseguimos adaptar-nos, criando soluções, tais como formações à “distância” e acompanhamento e monitorização “on-line”.
Estou certo que será esse o caminho. Afinal, só na adversidade sobressai o nosso melhor espírito criativo, atuando com audácia e criando um mundo melhor.
Apesar de não diretamente ligado à situação que vivemos, a A.F. Guarda foi pioneira nos cursos de árbitros à “distância, tendo-se hoje, tal como na altura, comprovado ser uma aposta ganha. Agora, será, quiçá, a altura de aprimorar técnicas e equipamentos, de forma a ganhar consistência aquilo que de bom ora produzimos.
Depois do fim do “Estado de Emergência”, todos desejamos o retomar do curso normal das nossas vidas e o regresso do desporto-rei em Portugal, não apenas aos grandes palcos nacionais, como também ao mais longínquo dos “pelados” do país.
Neste “regresso”, a APAF irá retomar, em breve, o ato eleitoral que estava em curso e foi adiado. Sendo Lista Única permitam-me, desde já, felicitar os novos órgãos sociais na pessoa do meu amigo Luciano Gonçalves. O sucesso dele será o sucesso de todos, as vitórias dele serão as vitórias de todos nós.
Na FPF tudo indica também que esteja para breve o retomar do ciclo eleitoral. Já se concluiu a eleição dos novos delegados da Assembleia Geral da FPF, os mesmos que são responsáveis, entre outras coisas, pela eleição dos novos órgãos sociais.
A A.F. Guarda acompanha o ciclo eleitoral e tudo indica que no mês de julho venham a ter lugar as eleições para os órgãos sociais.
A única competição nacional que regressa será a Liga NOS. Este regresso, com as devidas cautelas, vai acordar as paixões pelo país fora. Espero que ao nível de arbitragem tudo corra dentro do melhor e que os representantes da AF Guarda Marco Vieira, Paulo Brás e Sérgio Guelho respondam com a qualidade que se lhes reconhece a este desafio.
Quero terminar com as duas mensagens mais significativas desta crónica.
Em primeiro lugar deixar uma, profunda e sentida, mensagem de solidariedade para todos quantos esta pandemia afetou, seja pela morte de alguém próximo, seja pela doença, seja pelas restrições profissionais ou pessoais que sofreram.
Em segundo lugar, apelar a que mantenham, e exijam, de todos um comportamento responsável. O fim do “confinamento” e o levantamento de algumas restrições não pode significar aumento de risco para ninguém, nem para as respetivas famílias. Sejam, como até agora, responsáveis por vocês e pelos vossos. Protejam-se e sejam, agora também, agentes de saúde pública. Luís Brás

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