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Diretor: Paulo Menano

MINISTRO ADJUNTO RECONHECE QUE AS PORTAGENS SÃO UM PROBLEMA PARA O INTERIOR


A Plataforma de Entendimento pela reposição das SCUT A23 e A25, formada pela Associação Empresarial da Beira Baixa – AEBB, a União de Sindicatos do Distrito de Castelo Branco, a Comissão de Utentes da A23 e a Associação de Empresários pela Subsistência do Interior, e mais recentemente, o NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda, Comissão de Utentes da A25 e ainda a União de Sindicatos da Guarda, reuniram no dia 05 de Fevereiro, em Lisboa, com o Ministro Adjunto Pedro Siza Vieira, com o objetivo de reforçar junto do Governo, as preocupações sentidas e o impacto na atividade empresarial e das populações, face aos valores praticados pelas portagens das ex-SCUT – A23 e A25 e por isso, solicitar a reposição das SCUT nas referidas vias.

As conclusões do encontro foram divulgadas em conferência de imprensa, com a presença de alguns representantes das sete entidades que integram esta Plataforma. Luís Veiga, pela Associação de Empresários pela Subsistência do Interior, começou por referir que em reunião com Ministro Adjunto, a Plataforma teve oportunidade de confirmar a sua posição conjunta “a reposição das SCUTS na forma original ainda que, admitimos, seja de uma forma faseada e devidamente calendarizada”. Sobre o assunto acrescentou que “o governo reconhece que as portagens são um problema para a atividade económica e para as pessoas que vivem nesta região e que está muito sensível e atento para a resolução deste problema” mas perante a pergunta como ele vai ser resolvido, “o governo não tem uma solução para apresentar, o que nós lamentamos. Foi-nos inclusivamente pedido que apresentássemos algumas ideias para um contributo eficaz para a resolução deste problema”.

Já Luís Garra, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, realçou que esta questão está a ser estudada há demasiado tempo e que é preciso apresentar respostas rápidas “é tempo de tomar decisões e implementá-las”. Quanto ao desafio do Ministro, refere que a Plataforma já apresentou propostas suficientes que não podem ser colocadas de lado e que têm sempre “como pano de fundo a reposição das SCUT – sem custos para o utilizador”.

Marco Gabriel, porta-voz da comissão de utentes da A23, referiu que existe um desinvestimento nas estradas nacionais, lembrando o desgaste das vias alternativas às autoestradas causado pelo aumento da sua utilização, pondo em causa a segurança rodoviária, com reflexos num aumento dos índices de sinistralidade. Sobre o assunto chamou ainda atenção para a “incoerência dos discursos para as ações” e o que a região precisa “é de medidas concretas”, lembrando que a posição assumida pela Plataforma “é uma medida muito concreta. Não é a única que o interior precisa mas é uma medida chave”.

Foi ainda anunciado que no próximo dia seis de março, no auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, irá decorrer um Fórum regional para debater a problemática das portagens na A23 e A25 e outras questões que afetam a capacidade de desenvolvimento económico e social da região. “O nosso objetivo é conseguir mobilizar o maior número de pessoas para medirmos o pulso àquilo que as pessoas acham que deve ser feito. Não queremos tomar decisões precipitadas. Somos uma plataforma de sete entidades que são representativas da sociedade civil mas queremos que todas as decisões venham a ser ratificadas numa assembleia geral e para a qual vão ser convidadas para estarem presentes as CIM’s e também os grupos parlamentares”, referiu Luís Veiga.

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