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Diretor: Paulo Menano

Encosta do Sobreiro: a casinha de fim-de-semana que se tornou num alojamento local de sucesso


É pelas mãos de Luísa e Hugo, mãe e filho, que surge a “Encosta do Sobreiro”, um alojamento local, agora com um ano, e com uma obra que começou em 2017, e terminou em 2020.

Fornos de Algodres surgiu na vida destes empreendedores, por umas visitas a uns amigos, nas quais se mostraram apaixonados pela região.

Em maio de 2016, a placa “Vende-se”, numa encosta íngreme, viria a tornar-se na “Encosta do Sobreiro” que conhecemos hoje.

A abertura no verão de 2020, deixou o alojamento local de agenda lotada com portugueses, e no fim do ano surgiram os estrangeiros.

Em janeiro e fevereiro deste ano, embora as reservas fossem canceladas, começaram as obras de mais uma casinha neste alojamento.

As três propriedades que compõem neste momento a “Encosta do Sobreiro”, são a Casa da Lareira, a Casa do Postigo, e a Casa da Quinta.

Hugo afirma que a divulgação da propriedade se faz nas plataformas Booking, Airbnb, e em algumas revistas que os visitam.

A estadia pode ir de 1 noite até ao tempo que os hospedes quiserem, e os preços variam de acordo com época do ano, a casa onde pretendem ficar e o número de pessoas que vai ocupá-la. A piscina privativa da Casa da Lareira, é uma mais-valia, com grande procura, segundo afirmam os anfitriões.

Não servem refeições, apenas pequeno-almoço, porque Luísa afirma que é uma refeição importante e por isso determinaram que deveria ser facultada.

A construção deste empreendimento turístico, teve apoios do programa 20/20, no âmbito do SI 2E’S e dos programas para a coesão territorial, e programas FEDER e FSE.

Os apoios, embora prometidos, ainda não chegaram totalmente, e a obra já está acabada. Segundo afirma Luísa, os processos, além de demorosos, não são fáceis.

A autarquia, por sua vez também não tem sido veloz na reparação do caminho que liga a N16 á aldeia de Vila Soeiro do Chão, que se mantém em terra batida, e dificulta a passagem dos hóspedes até ao alojamento local.  Após vários contactos pela proprietária, a autarquia mandou arranjar, mas não ficou devidamente pronto, além da junta não fazer grande limpeza, e deixar as silvas penetrar no caminho.

A manutenção dos caminhos não está a ser devidamente efetuada, segundo Luísa, e acaba por dificultar a saída pela baixa visibilidade que proporciona aos automobilistas.

“Nós viemos investir no concelho, e temos um caminho público que deve ser arranjado, porque os hóspedes queixam-se. E são pessoas que contribuem para a melhoria da economia local, porque nós mandamo-los sempre a Fornos. Não há um mínimo de atenção da parte da autarquia para isso. Lamento mesmo muito esta situação., afirma.

Para a empresária nem tudo tem sido mau, mas podia melhorar, “temos tido todo o apoio na área da arquitetura e administrativa do projeto, mas merecíamos mais atenção por parte da autarquia nos acessos à quinta”.

O principal atrativo continua a ser a natureza, a arquitetura da casa, a calma, e a possibilidade de estar de férias, mas confortáveis numa casa que parece nossa.

O pequeno almoço continental, e o pão quente deixado na porta pela manhã fazem a diferença, e trazem cada vez mais gente até à Encosta.