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Cão Serra da Estrela encontra-se “um pouco por todo o território nacional”


O número de criadores de cão Serra da Estrela “tem-se mantido, mais ou menos, dentro dos mesmos números ao longo dos anos” e o animal encontra-se “um pouco por todo o território nacional”, apesar de continuar a ser um animal de guarda e proteção de rebanhos. Quem o diz é Pedro Silva, presidente da Liga dos Criadores e Amigos do Cão da Serra da Estrela (LICRASE).

Segundo o responsável da LICRASE, com sede em Gouveia, a coletividade tem cerca de 400 associados, mas estima que “15 a 20 sejam criadores atualmente ativos”.
“A localização desses criadores, hoje em dia, é bastante curiosa, uma vez que geograficamente está um pouco espalhada entre o norte e [o] sul de Portugal. O cão da Serra da Estrela, felizmente, nos nossos dias, já se encontra um pouco por todo o território nacional”, disse Pedro Silva.
Segundo o responsável, “curiosamente, o número de criadores do cão da Serra da Estrela tem-se mantido, mais ou menos, dentro dos mesmos números ao longo dos anos”. “À medida que alguns vão saindo e deixando a criação, outros têm aparecido para colmatar essas saídas”, pois a atividade de criador “não é propriamente rentável” e “quem o faz, fá-lo por paixão, gosto, por amor ao cão e à raça”, salienta o responsável.
O presidente da LICRASE sublinha que o cão Serra da Estrela “continua a ser adquirido, na maior parte das vezes, com o fim de guarda de moradias, quintas e armazéns”. “No entanto, temos verificado, ao longo dos últimos anos, que tem havido uma maior procura para o cão como mais um membro da família, ou seja como cão de companhia, papel que também desempenha de forma sublime. No entanto, um fator de extrema importância é que o cão da Serra da Estrela tem necessidade de algum espaço para ser verdadeiramente feliz. Esse fator limita, claro, o perfil de quem o adquire, sendo acima de tudo pessoas que habitam em zonas maioritariamente fora dos grandes centros urbanos, tais como os subúrbios e em zonas rurais”, explicou.

Raça volta a ser utilizada para “guarda e proteção de rebanhos”
Pedro Silva disse ainda que, nos últimos anos, “tem havido um pequeno aumento de cães da Serra da Estrela a ser novamente utilizados como cães de trabalho na sua função inicial para a qual foram criados, ou seja, guarda e proteção de rebanhos”.
“Esse esforço foi efetuado por alguns criadores que os têm introduzido em zonas rurais, em alguns rebanhos, para defender as ovelhas, não dos lobos, mas de outros predadores como cães selvagens. Nós, na LICRASE, estamos confiantes que o Cão da Serra da Estrela está no bom caminho”, vaticina.
A LICRASE existe desde 09 de dezembro de 1993, tendo sido criada para “promover a criação do cão da Serra da Estrela especialmente no seu habitat natural e divulgá-lo através da realização de exposições, mostras, concursos e outros meios”.
A direção da Liga, para além dos associados, conta com a ajuda do Clube Português de Canicultura e, pontualmente, de alguns patrocinadores, para realizar as suas atividades. Entre outras iniciativas, participa anualmente nas feiras do queijo realizadas na zona da Serra da Estrela e em exposições caninas.

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