Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Câmara disponível para resolver “de imediato” a falta de alojamento para estudantes do IPG


Para fazer face ao problema da falta de alojamento estudantil, a autarquia da Guarda admite a possibilidade de utilizar a verba anual, no valor de 30 mil euros, atribuída ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), para arrendar quartos para estudantes. Entretanto, presidente da autarquia e presidente do politécnico reúnem no próximo dia 1 de março para debater o assunto.

O município está “disponível para transformar o subsídio [atribuído] ao Politécnico em arrendamento privado”, disse esta sexta-feira Álvaro Amaro como forma de resolver “de imediato” o problema da falta de alojamento para os alunos do IPG. “Arrendamos quartos no mercado privado e a Câmara paga. Transformo esse subsídio [no valor anual de 30.000 euros] em financiamento a arrendamento, de imediato”, disse o autarca, acrescentando que o município pode ainda “ajudar a fazer” obras numa casa disponibilizada pela Diocese, para acolher estudantes.
A falta de alojamento para os estudantes que frequentam o IPG foi debatida esta sexta-feira na reunião quinzenal do executivo, após comentar as recentes declarações do secretário de Estado da Juventude e do Desporto sobre a Pousada da Juventude, que está encerrada desde 2012.
Em declarações à Rádio Altitude, João Paulo Rebelo afirmou que a Pousada da Juventude da Guarda deverá ser transformada em residência de estudantes, mas com alguns quartos para turismo juvenil, após obras de requalificação através da Fundiestamo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA. Álvaro Amaro diz-se “perplexo” com as declarações do governante, por considerar que o município aguarda, “há mais de um ano”, pela definição do modelo de gestão que permita reabrir o edifício e, desta forma, manter “uma marca importante, que se chama Pousada da Juventude”.

Disse que a intenção do Governo é “um disparate”, pois, em sua opinião, mantendo-se a Pousada da Juventude, o equipamento “sempre pode ter quartos para estudantes, se necessário”. Segundo Álvaro Amaro, a proposta “não resolve o problema” da falta de alojamento estudantil no imediato, por isso espera que, até à decisão final, “o bom senso impere”.
O autarca continua a defender a transferência do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da antiga residência de estudantes feminina para as ex-instalações da Infraestruturas de Portugal. A acontecer a mudança, disse que será a Câmara a recuperar o edifício da antiga residência e a entregá-la ao IPG para fazer a sua gestão.
Na discussão deste assunto, as opiniões dos dois vereadores do PS dividiram-se. Eduardo Brito disse estar “de acordo sobre manter-se a Pousada da Juventude como Pousada” e reconheceu que a possibilidade de a autarquia aplicar a verba destinada ao IPG no arrendamento direto de alojamento para estudantes “deve ser explorada”.
O outro eleito socialista, Pedro Fonseca, discordou da ideia de Álvaro Amaro, referindo que a proposta anunciada pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto “é a melhor solução”.

Assunto será debatido a 1 de março
Na reunião desta sexta-feira, o presidente da autarquia da Guarda referiu ainda que o presidente do IPG lhe pediu uma reunião para discutir o assunto e que a mesma está marcada para o dia 01 de março. O presidente do IPG, Joaquim Brigas, anunciou em comunicado que a decisão do Governo de adaptar a Pousada da Juventude da Guarda a residência para estudantes, mantendo a sua função hoteleira, é “fundamental”, mas não chega, por isso, pediu uma audiência ao autarca para dar seguimento à disponibilidade que este manifestou, para disponibilizar novas residências estudantis.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.