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Câmara da Guarda quer ULS “de qualidade e de primeira linha”


Carlos Chaves Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Guarda, disse esta quarta-feira que a cidade deve ter uma Unidade Local de Saúde “de qualidade e de primeira linha” e com serviços a um nível “que não é o atual”.

“É verdade que há notícias de que não estamos a prestar os melhores cuidados de Saúde. (…) Temos de ter uma Unidade Local de Saúde (ULS) de qualidade e de primeira linha”, disse o autarca social-democrata, no período de antes da ordem do dia da reunião de hoje da Assembleia Municipal, presidida por Cidália Valbom (PSD).
O autarca referiu que é importante que se apele à “capacidade de determinação em termos organizacionais” da ULS para “catapultar os serviços de Saúde da Guarda para um nível que não é o atual”. “E é esse o grau de exigência que eu também impunha ao nível da Saúde, designadamente na Guarda”, rematou.
O autarca falou do assunto após o líder da bancada municipal do PSD, Tiago Gonçalves, ter abordado o “estado da Saúde” no país e no distrito da Guarda.
“As notícias dos últimos dias de que há falta de material cirúrgico e que há pessoas que ficam impedidas de fazer operações por via de problemas de organização dos serviços. (…) É um problema que nos preocupa enormemente”, disse o deputado social-democrata. Segundo Tiago Gonçalves, “as especialidades com lacunas graves, sem serviço em vários dias da semana” e as “demissões atrás de demissões nas equipas clínicas” são motivos “que devem suscitar a preocupação” da Assembleia Municipal, “como suscitam diariamente de todos os cidadãos que acorrem a estes serviços de Saúde”. “E dizer que a possibilidade preanunciada de o Governo dar luz verde ao projeto de requalificação do pavilhão 5 [edifício das antigas urgências do Hospital Sousa Martins] é uma notícia que, naturalmente, deve regozijar os guardenses, mas que não esconde minimamente estes outros problemas sentidos no dia-a-dia pelas pessoas e que, importa sempre, e cada vez mais, acautelar”, rematou o deputado do PSD.
Na terça-feira, a ULS da Guarda confirmou o adiamento de uma cirurgia a um doente oncológico por, no mesmo dia, a máquina de sutura ter sido “necessária para operar um doente com neoplasia”.
Numa declaração escrita divulgada na sequência de notícias sobre o cancelamento de uma cirurgia a “um doente oncológico”, a ULS explicou que, “infelizmente, no dia 19 do corrente mês, por rutura de ‘stock’ no fornecedor, apenas existia uma máquina de sutura na ULS e os hospitais limítrofes também não tinham para empréstimo, pelo mesmo motivo”. “Como esta máquina foi necessária para operar um doente com neoplasia no mesmo dia, este foi privilegiado em detrimento do doente referido”, acrescentou, indicando que “a este foram explicados os motivos e obtida a sua total compreensão”.
A nota dizia ainda que a ULS/Guarda estava a aguardar que o fornecedor reponha, “com a máxima brevidade, o seu próprio ‘stock’, para serem intervencionados os cinco doentes em lista de espera para esta cirurgia de reconstituição específica, de acordo com a sua antiguidade na lista”.

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