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Câmara da Guarda cancela Feira Farta


A Câmara da Guarda anunciou segunda-feira o cancelamento da edição deste ano da Feira Farta, um evento anual que tem como objetivo valorizar o mundo rural e divulgar os produtos locais.

Como se previa, e no contexto da pandemia que vivemos, o presidente da autarquia da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, confirmou no final da reunião quinzenal do executivo, que o certame não será realizado “nos moldes tradicionais, nem noutros”, por não estarem reunidas condições para decorrer em segurança, na sequência da pandemia da covid-19.

O evento decorreu nos últimos cinco anos em setembro, no largo do Mercado Municipal, com a participação de algumas centenas de produtores das freguesias do concelho.

Este ano, devido ao novo coronavírus, ponderou a sua realização, em moldes diferentes, mas desistiu da ideia, explicou o autarca.

“Vendo que não havia condições para a realizar nos moldes tradicionais, ponderámos trazê-la para o centro da cidade, para o Jardim José de Lemos, com distanciamento, mas entendemos que não a devíamos realizar e que não temos as condições adequadas de segurança de preservar a saúde das pessoas e, por isso, decidimos não realizar a Feira Farta”, explicou Chaves Monteiro.

Antes, no período de antes da ordem do dia da reunião do executivo municipal da Guarda, o vereador do PS Manuel Simões sugeriu à autarquia a criação de um Centro de Investigação de Altitude, para valorização dos produtos locais, nomeadamente o queijo Serra da Estrela com Denominação de Origem Protegida (DOP). 

Para o vereador socialista, “importa esclarecer que este produto representa, para esta região, aquilo que o Vinho do Porto representa para o Douro, que o Vinho Verde representa para o Minho e assim sucessivamente relativamente a outras regiões do país”, asseverou.

Manuel Simões acrescentou ainda que “tem-se verificado falta de protagonismo de quem de direito, para fazer deste produto [o queijo Serra da Estrela] a merecida bandeira promocional de toda a região”. O vereador socialista acrescentou ainda que “é mais uma prova da necessidade de uma fonte de conhecimento na Guarda para que se possam criar novos argumentos em defesa dos seus produtos mais nobres, conforme temos vindo a defender”, referiu, enquanto explicava que a Guarda deveria ser “dotada das valências que lhe confiram os meios necessários para o desenvolvimento da região de altitude em prol da sua comunidade e do país”.

Nesta sessão do executivo guardense, entre outros, foi aprovado por unanimidade o procedimento regulamentar para elaboração e aprovação do regulamento municipal de atribuição de bolsas de estudo a alunos do ensino superior.

O município tenciona atribuir “entre 10 a 20 bolsas anuais” a estudantes do ensino superior, segundo Carlos Chaves Monteiro.

Fonte: O Interior

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