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Bombeiros do distrito garantem socorro mas não reportam ocorrências ao CDOS


Apesar de as corporações de bombeiros do distrito da Guarda não estarem a reportar as ocorrências ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), o socorro às populações está garantido “a 100%” . A garantia foi deixada esta segunda-feira pela Federação Distrital de Bombeiros. Em causa está uma suspensão da comunicação das ocorrências promovida pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) que reclama uma direção nacional autónoma e independente de bombeiros.

“O socorro está a 100%. Não há problema nenhum”, disse à agência Lusa Paulo Amaral, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG). Segundo o responsável, os 23 corpos de bombeiros do distrito “não estão a reportar [os serviços e as ocorrências] quase a 100%” ao CDOS local, sendo que “a única coisa que não há é a informação do que está a decorrer no território”.
O Comandante Operacional Distrital (CODIS) da Guarda, António Fonseca, disse que o CDOS tem recebido informações dos corpos de bombeiros, mas que “não há um procedimento único”. “Há alguns corpos de bombeiros que estão a proceder exatamente como até aqui, estão a dar a informação operacional toda, e alguns não estão a dar nenhuma informação. Outros estão a relatar o que consideram mais importante”, explicou. No entanto, segundo o responsável, em relação a “tudo o que é de emergência, não há nada a assinalar”.Recorde-se que a Proteção Civil assegurou no domingo que a suspensão da informação operacional por parte dos bombeiros não está a colocar em risco a “resposta pronta e eficaz” no socorro às populações. A garantia foi dada em conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras, pelo comandante do Agrupamento Distrital Centro-Norte, Pedro Nunes.
Pedro Nunes disse que a suspensão, desde as 00:00 de domingo, das comunicações das ocorrências pelos bombeiros aos comandos distritais de operações de socorro, “não coloca em causa a segurança e a prontidão do sistema da Proteção Civil”, salientando “a resposta pronta e eficaz” de todos os agentes, incluindo os bombeiros. “O sistema está a funcionar normalmente”, sublinhou, acrescentando que a informação operacional está a chegar à Proteção Civil através da linha 112, do Instituto Nacional de Emergência Médica e também dos bombeiros.
Por sua vez, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou no domingo que a suspensão da comunicação das ocorrências promovida pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) é ilegal e coloca em causa a segurança das pessoas ao afetar a coordenação de meios de resposta.
Em reação, a LBP, que reclama uma direção nacional autónoma e independente de bombeiros, reiterou que a prestação do socorro não está em risco.
A LBP reivindica uma direção de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio, que diminua os custos e aumente a eficácia, um comando autónomo e o cartão social do bombeiro.

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